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No entanto, não é possível dizer que se trata de uma boa notícia

Pesquisas apontam que bactérias marinhas encontradas no Oceano Atlantico vêm fazendo digestão de microplásticos no Mar de Sargaços.

Atualmente, com o crescente descarte inadequado do lixo doméstico, grandes quantidades de plástico vêm se acumulando e formando ilhas de poluição no que são chamadas de Giros Oceânicos.

Na grande maioria das vezes, esse lixo acaba parando nos mares e oceanos, e a capacidade de absorver o lixo vem diminuindo.

Aliado ao descarte incorreto dos resíduos domésticos, um fator que contribui para a deterioração dos oceanos são os resíduos de redes de pesca e despejo de resíduos industriais, que acabam se transformando em microesferas a partir da sua degradação no ambiente marinho.

Mas, o que pode ser a boa notícia é que pesquisas recentes do Instituto de Oceanografia Woods Hole, em Massachusetts identificaram micróbios marinhos fazendo digestão do plástico no Mar de Sargaços. Os pesquisadores afirmam que a descoberta pode ser tão perigosa quanto animadora. Como não se pode afirmar cientificamente o subproduto dessa digestão, ainda é incerto o futuro da pesquisa.

A região contém aproximadamente 1,1 tonelada de plástico, e o escaneamento microscópico mostra que as bactérias vivem dos resíduos de microplástico. Os pesquisadores dizem ainda que se tem conhecimento de bactérias e outros organismos fazendo a digestão do plástico em aterros e lixões, mas isso nunca tinha sido visto nos oceanos.

O mais interessante da descoberta é que, apesar de a poluição ainda ser contínua, o Mar de Sargaços se estabilizou com a presença dessas bactérias digestoras. A única preocupação do grupo de pesquisadores é sobre o subproduto que pode ser gerado por essas bactérias. Como eles não conhecem por completo o funcionamento desses sistemas de digestão, temem que outros animais, ao se alimentarem dessas bactérias, possam vir a ser contaminados por algum tipo de toxina, carregando o contaminante por toda a cadeia alimentar.

Todos os tipos de plásticos são feitos com derivados do petróleo (com exceção dos modelos verdes) e, em sua decomposição, podem apresentar certo nível de toxicidade. Essas bactérias apresentam a capacidade de decompor os hidrocarbonetos presentes na composição do plástico e, por existir uma gama muito grande de tipos de plásticos, essa decomposição pode demandar que as colônias de micróbios marinhos se alterem, produzindo diferentes enzimas e podendo gerar subprodutos tóxicos.

Os pesquisadores de Wood Hole, analisando as bactérias, encontraram ainda uma diferença nas suas estruturas, se comparadas com as demais bactérias. São mais complexas e cerca de 25% das bactérias analisadas demonstraram características muito parecidas com os vibriões, bactérias do mesmo grupo das que provocam a cólera.

Brasil

Além dessa pesquisa, um estudo feito no Brasil também encontrou um fungo com a capacidade de decompor o plástico. O estudo foi feito pela Universidade de Yale. Esse fungo é um cogumelo amazônico com a capacidade de decompor sem utilizar oxigênio, sendo uma opção para a problemática do poliuretano, (no caso do plástico) ou uma alternativa para os aterros sanitários (na decomposição do lixo comum).

Fonte: Nature

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