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Partículas do mineral amianto podem causar doenças mesmo anos após a inalação

O amianto é uma fibra mineral que tem propriedades impressionantes. Entre elas, destacam-se a resistência a altas temperaturas, boa qualidade isolante, flexibilidade, durabilidade, incombustibilidade e resistência ao ataque de ácidos.

Além disso, os dois tipos do material – serpentinas (amianto branco) e anfibólios (amianto marrom, azul e outros) – são matérias-primas de baixo custo. O fator econômico levou a substância, também conhecida como asbesto, a ser considerada o “mineral mágico”, ampliando seu uso ao longo do século XX.

Com o tempo, porém, começaram a surgir casos de pessoas contaminadas por amianto. Isso acontece porque o corpo humano não é capaz de expelir as partículas inaladas do material.

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Até a década de 1990, muitas telhas, revestimentos de discos de embreagem, pastilhas de freio e caixas d’água, entre outros produtos, eram fabricados com fibras de amianto.

Nos dias de hoje, a matéria-prima já foi proibida em mais de 50 países, inclusive aqui. A proibição do amianto no Brasil se deu pela substância ser comprovadamente cancerígena. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que cerca de 100 mil pessoas morrem por ano devido a doenças causadas pelo amianto.

Problemas associados ao amianto

Com o passar do tempo, o “mineral mágico” se transformou em “poeira assassina”, conforme explicamos em nosso vídeo acima, disponível no canal do Portal eCycle no YouTube.

As constantes doenças causadas em trabalhadores da indústria de amianto, trabalhadores da construção civil, mineiros e mecânicos que lidam com freios foram estudadas e se comprovou a periculosidade do material.

O problema se dá na inalação da substância, que pode comprometer a capacidade respiratória. As fibras do pó estimulam mutações celulares dentro do organismo, originando tumores que podem causar câncer de pulmão, especialmente o mesotelioma.

As partículas do amianto, uma vez inaladas, nunca mais se libertam do organismo. Um câncer de pulmão pode aparecer em um indivíduo 30 anos depois de ele ter exposição ao amianto, o que dificulta o diagnóstico preciso dos médicos.

O outro lado

Em Goiás se concentram grandes produtores com representação no Congresso Nacional. Eles alegam que o tipo de amianto brasileiro é o crisotila (branco) puro, que seria menos contaminante, e por isso sua proibição deveria ser cancelada.

Outro argumento é o de que o amianto traz “apenas” problemas ocupacionais (oriundos do trabalho) aos operários, como se isso não fosse o suficiente para banir o material.

Amianto
Imagem editada e redimensionada de Karol Pilch, sob domínio público, disponível no Wikimedia

No entanto, há um campo aberto para o debate, já que a quebra do asbesto em uma situação doméstica ou um descarte incorreto no meio ambiente poderiam causar a inalação da “poeira assassina” por parte do consumidor.

Mas como se dá a descontaminação do amianto? Quais problemas ele pode causar aos consumidores finais e o que fazer com a sua telha de amianto antiga?

Amianto e o “descarte sem solução”

A recomendação é de que o descarte de amianto seja feito juntamente com resíduos tóxicos, em aterros especializados.

O asbesto é uma fibra perigosa e que não tem como ser reutilizada ou reciclada. Mesmo uma telha do material tendo uma durabilidade de aproximadamente 70 anos, esse tempo é mínimo se pensarmos em longo prazo.

O meio ambiente não deve sofrer as consequências de um uso irresponsável que ocorre por 70 anos e ainda causa riscos permanentes aos humanos e animais.

Fabricantes contatados pelo Portal eCycle não souberam a maneira correta de descartar telhas e caixas d’água de amianto.

Com todas as constatações acima, o Portal eCycle recomenda a escolha de telhas e caixas d’água que não são feitas a partir do uso do amianto. Existem alternativas que recorrem a materiais provenientes da queima de combustíveis fósseis, mas mesmo assim, eles são recicláveis (no caso de plásticos). Sem contar que o petróleo gasto nesses itens pode ser economizado através do uso de combustíveis como o álcool, na locomoção diária de veículos, por exemplo.

Para descartar seus produtos com amianto, procure Postos de Coleta ou entre em contato com a prefeitura de sua cidade para fazer a destinação correta.


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