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Alternativas às pranchas comuns passam por diversas matérias-primas

Poucas formas de lazer possuem uma interação do ser humano com a natureza tão intensa quanto o surfe. Mas para produzir a prancha, a relação com o ambiente se torna potencialmente predatória, isso porque materiais prejudiciais em diversos aspectos são usados, de maneira geral, para se fabricar uma prancha de surfe.

No entanto, existem algumas alternativas ambientalmente corretas surgindo no mercado. Vamos a algumas delas:

BioFoam

Após o fechamento de uma fábrica de poliuretano nos EUA, em 2005, iniciou-se um processo para criar um tipo de espuma menos agressiva. Isso resultou na BioFoam (BioEspuma, em tradução livre), composta por difenilmetano diisocianato (MDI) e óleos naturais. Tal inovação trouxe melhoras na produção da espuma de poliuretano, já que a tecnologia substituiu componentes derivados do petróleo por óleos naturais, além de usar o MDI no lugar do nocivo tolueno diisocianato (TDI). Estudos comprovaram que o uso de BioFoam resulta em uma diminuição de aproximadamente 36% de gases do efeito estufa, redução em 61% no uso de energia não-renovável (caso o produto em questão seja fabricado em países que fazem uso desse tipo de energia – se for fabricado no Brasil, essa diminuição não seria aplicável) e uma redução de 23% na demanda total de energia.

EcoBoard

Criada por Chris Hines, o diretor de sustentabilidade do Eden Project em Cornwall, Inglaterra, a EcoBoard é a prancha que utiliza a BioFoam como matéria-prima. Estas pranchas são laminadas em um pano de cânhamo ou em fibras de vidro feitas com vidro reciclado combinado com uma resina a base de plantas. Há também outro modelo feito com madeira de balsa, considerada sustentável devido a sua rápida taxa de crescimento. Veja mais sobre a EcoBoard (em inglês).

Pranchas ocas de madeira

Tom Wegener produz pranchas ocas de madeira de Paulownia, madeira colhida de plantações de árvores na Austrália e que possui crescimento rápido. Além de oferecer pranchas de madeira laminadas com fibra de vidro, Wegener também proporciona uma linha de pranchas de surf de Paulownia que são tratadas somente com óleo de semente de linhaça. O produtor dessas pranchas faz esforços para adquirir grandes blocos de madeira a fim de diminuir resíduos de colagem e de sobras de cortes.

Surfista

Eboard

O brasileiro, engenheiro de materiais e também surfista Daniel Aranha desenvolveu uma prancha sustentável chamada Eboard. Ela leva em sua constituição materiais recicláveis e menos agressivos, como solvente a base de água, tintas feitas com corantes naturais e orgânicos, madeira certificada pela FSC (Forestry Stewardship Council), pranchas descartadas que são 100% recicladas. Além disso, o processo de fabricação é mais ambientalmente correto, pois tudo que sobra do bloco da prancha é transformado em sabonete: a resina que não é utilizada vira cartão de apresentação; todo o consumo de energia elétrica, gastos com transporte e resíduos gerados tem o seu CO2 neutralizado por meio do programa Carbono Social; as quilhas da prancha são produzidas por participantes de um projeto social; e parte do lucro resultante deste trabalho é doado para projetos de preservação ambiental. A Eboard já está sendo comercializada em alguns países, como África do Sul, Austrália e Estados Unidos.

Madeira de Agave

Mais uma possibilidade praticada no Brasil é utilizar a madeira de Agave, cujo nome científico é Furcraea foetida. De acordo com o artigo de Marcelo Assumpção Ulysséa e Marcella Silvestro, “Esta espécie, além de ser um vegetal exótico e invasor de dunas e restinga no litoral brasileiro, tem o ciclo de vida de 7 a 12 anos, e morre após liberar o ‘espigão’ reprodutivo, o qual fornece a madeira para a construção do bloco da prancha. Neste ciclo reprodutivo não ocorre desmatamento no processo de obtenção da matéria-prima”. Dê uma olhada no artigo para ter mais informações sobre esse tipo alternativa de prancha.

Ainda existem outros exemplos, como a prancha de uma empresa alemã feita com materiais renováveis, uma prancha feita reutilizando skates, outra a base de latinhas de cerveja, e até as de papelão e bambu.

Descarte

Mas se você é um surfista experiente, que já tem uma prancha comum e quer saber como descartá-la, dê uma olhada nesta matéria da eCycle!


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