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O óleo de coco faz bem para a pele e os cabelos, mas sua ingestão é controversa. Entenda

O óleo de coco, azeite de coco ou manteiga de coco é um óleo vegetal oriundo da fruta Cocos nucifera, o coco mais tradicional e mais comumente encontrado. Ele pode ser extraído por meio de prensagem, solventes e processos caseiros. É possível usar o óleo de coco para hidratar os cabelos, a pele e também na culinária, embora seu uso alimentício seja controverso.

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Como fazer óleo de coco de um jeito fácil
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Conheça as técnicas de extração de óleos vegetais
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Imagem de Couleur por Pixabay

As diversas versões de óleo de coco e quais evitar

Ainda que algumas pessoas confundam o óleo de coco com o leite de coco e até mesmo com a polpa de coco fresco, esses formatos são completamente distintos tanto em termos de aspecto, densidade e sabor quanto em suas propriedades nutricionais e funcionais.

Na hora de se beneficiar das propriedades do óleo de coco, é preciso dar atenção aos seus diversos formatos. O óleo de coco extra virgem é conhecido por apresentar propriedades benéficas distintas do óleo de coco seco ou copra – o mais encontrado no mercado.

Em contrapartida, é recomendado evitar o óleo de coco hidrogenado e dar preferência aos óleos extravirgens orgânicos prensados a frio. Além de serem mais saudáveis, essas versões conservam suas propriedades originais e possuem um sabor mais agradável de coco. Eles podem ser encontrados tanto na versão do copra quanto na do coco virgem.

Também é preciso evitar outro óleo. Os óleos extraídos por solventes, por exemplo, levam a utilização do hexano, que pode ser socioambientalmente nocivo.

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Óleos vegetais: extração, benefícios e como adquirir

Óleo de coco é versátil

O óleo de coco (Cocos nucifera) pode ser utilizado de diversas formas e é famoso por trazer benefícios para a saúde e beleza por meio da alimentação e aplicação direta nos cabelos, pele, dentes e mucosas. Ele também é utilizado na indústria de produtos de limpeza para fazer sabões, que inclusive têm fama de serem mais sustentáveis que outros tipos de agentes limpantes que possuem ação detergente. Para saber mais sobre esse tema, confira a matéria:

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Sabão de coco é sustentável? Entenda

Especialistas da área da saúde têm indicado a ingestão diária de óleo de coco para tratamentos e prevenção de doenças. Entretanto, esse óleo vegetal acaba sendo polêmico.

Enquanto uma parcela de especialistas é a favor do uso, outra afirma que o consumo (via digestão) não é ainda comprovadamente seguro. Isso porque o óleo de coco é rico em gorduras saturadas. A gordura saturada é uma gordura que, em grandes quantidades, é nociva à saúde. Por outro lado, alguns estudos observaram benefícios do consumo para o tratamento e a prevenção de doenças.

Benefícios do óleo de coco

Previne e trata danos causados aos cabelos

Estudos publicados pela Society Cosmetic Chemists mostraram que o óleo de coco ajuda a prevenir danos causados aos cabelos por causa da penteação e trata os fios danificados química (clareamentos) e termicamente (água quente do chuveiro, calor de chapinhas, secadores, etc.). Isso porque, de acordo com os estudos, o óleo de coco ajuda a evitar a perda de proteínas e água dos cabelos, além de servir como um filme lubrificante (1, 2).

Uma forma de uso é, antes de lavar os cabelos, espalhar uma colher de sopa rasa do óleo pelo comprimento dos fios e deixar agir por alguns minutos.

Benefícios do óleo de coco para cabelo

Melhora os níveis de gordura

Um estudo feito com mulheres filipinas e publicado pela US National Library of Medicine sugere que o consumo de óleo de coco melhora os níveis de gordura de mulheres pré-menopáusicas. O mesmo estudo cita análises realizadas em animais, que mostram que o consumo de óleo de coco reduz o colesterol total, o que contribui para a diminuição do risco de doenças do coração – sendo um ótimo substituto para manteigas e gorduras vegetais hidrogenadas.

O mesmo estudo apresenta a informação de que dados da Pesquisa Nacional de Nutrição das Filipinas, de 2003, mostram uma incidência relativamente baixa de hipercolesterolemia (colesterol alto), hipertensão, acidente vascular cerebral e angina (enfraquecimento dos músculos do coração) na região de Bicol, onde as dietas apresentam níveis altos de consumo de coco em relação às demais regiões.

Previne a doença de Alzheimer

Apesar de o óleo de coco ter sido reconhecido historicamente como uma fonte que contém altos níveis de gordura saturada, um estudo publicado pela plataforma PubMed sugere que os benefícios do coco devem ser reconsiderados.

Isso porque, diferente das gorduras saturadas de origem animal, o óleo de coco possui ácidos graxos de cadeia média (como o ácido láurico, o ácido mirístico e o ácido caprílico), que são os únicos que podem ser absorvidos e metabolizados pelo fígado, sendo convertidos em cetonas.

As cetonas são importantes fontes de energia alternativa para o cérebro, que podem ser benéficas para as pessoas que estão desenvolvendo algum tipo de demência, como Alzheimer.

Melhora diabetes

O estresse oxidativo é uma das características da diabetes mellitus. De acordo com um estudo publicado pela plataforma PubMed, as propriedades antioxidantes (capazes de atrasar a ação de radicais livres), entre outras funções, do óleo de coco virgem podem ter um efeito benéfico na melhora da doença. Segundo o estudo, isso acontece porque o óleo de coco reduz significativamente o nível de glicemia em jejum e melhora a tolerância à glicose.

Trata gengivite e formação de placa nos dentes

Um outro estudo publicado pela plataforma PubMed concluiu que o óleo de coco é um ótimo adjuvante na diminuição da formação de placa e gengivite induzida por placa, o que o torna um aliado na higienização bucal diária.

Trata xerose (peles secas, escamosas e ásperas)

Peles secas, escamosas, ásperas e que coçam estão associadas à má funcionalidade na barreira de proteção natural da pele – uma condição que pode ser causada até mesmo pela água quente do chuveiro. De acordo com o estudo publicado pela ScienceDirect, o óleo de coco é um ótimo hidratante para esses casos, apresenta efeitos antissépticos e é mais eficaz que óleos minerais.

Ajuda a gastar mais energia e regular a fome

O óleo de coco possui triglicerídeos de cadeia média que podem aumentar o gasto de energia em comparação com a mesma quantidade de calorias das gorduras de cadeia mais longa.

Além disso, o óleo de coco tem um efeito redutor do apetite, por causa da forma como seus ácidos graxos são metabolizados. Portanto, pode ser um bom aliado na perda de peso.

Pode matar vírus, bactérias e fungos

O óleo de coco, quando digerido, forma um monoglicerídeo chamado monolaurina. A monolaurina e o ácido láurico também presente no óleo de coco podem matar patógenos prejudiciais como bactérias, vírus e fungos.

Como usar

Óleo de coco na comida

O óleo de coco é um ótimo ingrediente culinário. Bolos, doces, cremes, molhos, mousses, sorvetes e até mesmo chocolates caseiros ficam com um toque leve, saudável e cremoso quando a receita contém óleo de coco. Esse último porque – quando a temperatura do ambiente não está muito elevada – o óleo de coco apresenta um aspecto pastoso.

Óleo de coco nos cosméticos

Além de ser um hidratante corporal seguro, que pode ser misturado a óleos essenciais e trazer benefícios para a saúde da pele, o óleo de coco é um ótimo demaquilante. Ele também pode exercer a função de esfoliação da pele, se misturado à borra de café.

Em tempos de temperaturas muito baixas ou elevadas, o óleo de coco também é um ótimo hidratante labial. Se misturado a óleos essenciais bactericidas (como o óleo essencial de melaleuca) e bicarbonato de sódio, o óleo de coco exerce a função de desodorizar e hidratar as axilas.

Higiene bucal com óleo de coco

Como citado anteriormente, o óleo de coco é um adjuvante eficaz no tratamento da placa bacteriana dentária e da gengivite causada pela placa. Então que tal adicioná-lo na higienização bucal diária e ainda aproveitar o sabor suave do coco?

Controvérsias sobre o uso do óleo de coco

Apesar dos estudos mencionados terem concluído que o óleo de coco apresenta benefícios para o tratamento e prevenção das doenças mencionadas acima, a Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) considera que as análises realizadas até então são controversas e inconclusivas. Por isso, recomenda que o óleo de coco não seja prescrito na prevenção ou no tratamento de doenças.

A Abran ainda afirma que:

  1. Quando o óleo de coco é comparado a óleos vegetais menos ricos em ácido graxo saturado, ele aumenta o colesterol total.
  2. Estudos que concluem que o óleo de coco possui atividade antibacteriana, antifúngica, antiviral e imunomoduladora (que auxiliam o sistema imunológico) são predominantemente experimentais, notadamente in vitro, não havendo estudos clínicos demonstrando esses efeitos.
  3. Até o momento, não existem evidências clínicas de que o óleo de coco possa proteger ou atenuar doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.
  4. Um número muito pequeno de estudos, com resultados controversos, tem relatado os efeitos do óleo de coco sobre o peso corporal em seres humanos.

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